segunda-feira, 24 de junho de 2013

O que concluir disso tudo? O rei absolve os descaminhadores. Governadores e oficiais furtam em todos os tempos e por todos os modos. A exploração do ouro de formas ''legais'' ou não,não era coisa de negro nem coisa de pobre. Não era vício moral nem sinal de cultura bastarda. Era prática branca, européia, chegou à América com a expansão comercial e com o processo de formação do capitalismo, e aqui contribuiu, desde o primeiro momento, para a instituição da sociedade colonial. Por isso suas raízes são tão profundas. São dois lados da mesma moeda. Uma moeda que, falsa ou verdadeira, sempre levou consigo o ouro do maior quilate.

Barroco em cada canto

Destaques :

Recife - As principais cidades nordestinas enriqueceram rapidamente com a produção açucareira. Dessa prosperidade resultaram muitas manifestações artísticas e arquitetônicas de grande porte e ostentação.










Salvador - A economia açucareira promoveu o desenvolvimento acelerado de algumas cidades do Nordeste do país durante a colonização.


Rio de Janeiro - Porto de embarque de riquezas rumo à metrópole, o Rio de Janeiro tornou-se a cidade mais importante da colônia, e sua capital em 1763.
                      
                             





São Paulo - Durante o período colonial, São Paulo viveu um considerável isolamento geográfico em comparação com as regiões do açúcar e do ouro.

domingo, 23 de junho de 2013


Consequências do Ciclo do Ouro


_ Crescimento populacional.
_ Transferência do eixo econômico para o Centro-Sul.
_ Transferência da capital para o Rio de Janeiro, em 1763.
_ Desenvolvimento do comércio interno.
_ Desenvolvimento de atividades comerciais e urbanas.

Curiosidade


O auge no Brasil favoreceu o contrabando. Imagens se santos eram utilizadas como esconderijo para o ouro.Governadores, escravos e clérigos estavam envolvidos nesse tipo de contrabando. Daí surge a expressão ´´Santo do pau oco``.


                 

Santo do Pau Oco

As estratégias para o não pagamento das taxas eram as mais variadas, onde nem mesmo os "santos" escapavam de transportar ouro ou pedras preciosas nas esculturas que eram ocas. Muitas e muitas toneladas de ouro e pedras preciosas saíram do sudeste brasileiro, principalmente, com destino a Europa nesse período do século XVIII. Ontem como hoje, as altas taxações de impostos acabam gerando um ciclo vicioso de sonegação, que nem sempre acaba sendo fiscalizado de maneira eficaz, pelas alternativas, sempre criativas na maioria dos casos, de fugir da fiscalização.


                                                   
                                                
Casas de Fundição

As Casas de Fundição funcionam da seguinte forma: recolhem o ouro extraído pelos mineiros, purificam, transformam em barras e retiravam a parcela do imposto referente à Fazenda Real (Coroa). Depois o ouro recebia um cunho (selo) que o identifica como quintado, ou seja, podia ser legalmente comercializado. Chefiadas por um provedor, as Casas de Fundição ainda tinha trabalhadores como meirinhos, cunhadores, ensaiadores, fundidores, fiscais e tesoureiros.
Mas estas Casas de Fundição não foram bem recebidas pelos mineradores. Estes alegava que a medida servia apenas para dificultar a comercialização e facilitar a cobrança de impostos. O clima de insegurança e insatisfação crescia cada vez mais. A Coroa, alarmada com a situação, criou as juntas de julgamento.

Em 1719, trouxe de Portugal duas Companhias de Dragões, tropas militares da época. Também foram criadas milícias de enfrentamento, em sua maioria, eram formadas por brancos, mas contavam, também, com mulatos, negros e ex-escravos.

Surpreendido por Felipe dos Santos e seus aliados, o governador jurou ordenar o fim das Casas de Fundição, aceitou as exigências sem alarde e esperou que os ânimos se acalmassem. Por outro lado, ganhou tempo para a organização de suas tropas e entrou em ação rapidamente. Os líderes do movimento acabaram sendo condenados. Felipe dos Santos foi enforcado em praça pública e esquartejado em 1720.


A Casa de Fundição mais antiga do Brasil foi construída em São Paulo no século XIV, para fundir a produção aurífera extraída pelos mineiros do Jaraguá e de outras jazidas. Elas são consideradas as primeiras ferramentas de controle de arrecadação de impostos, mas só começaram a ter esta função fiscal em 1751, época do retorno do “quinto”. Com a volta do imposto, seu número aumentou consideravelmente. Mas no final do século XVIII, com a diminuição das minas de ouro, as Casas de Fundição passaram a ser proibidas. A última delas localizava-se em Goiás e foi extinta em 1807.




                                         
                                                 


                                            
                                               

Historia De Tiradentes



quinta-feira, 20 de junho de 2013

Entrevista Com Tiradentes

Qual é o seu nome Verdadeiro ?

Meu nome verdadeiro é  Joaquim José da Silva Xavier

Por quais motivos o senhor resolveu se doar pelo povo ?

O que me fez tomar as dores de todo o povo brasileiro é que a corte portuguesa estava explorando cada vez mais o povo brasileiro querendo levar todas as riquezas que se encontravam aqui, foi então que fui com mais pessoas resolver  fundar o movimento da Inconfidência Mineira que se espalhou por todos os lugares onde passava a ideia de que o Brasil tinha que ser independente .

Por que o apelido ''Tiradentes''?

Fiquei conhecido como Tiradentes porque fui um dentista na época,  extraia dentes .E quando não estava a serviço do governo militar isto me servia como um complemento de renda.

E depois desta batalha pela liberdade , quais são seus objetivos ? 

 Continuar lutando sem medo do governo português e enfrentando qualquer obstáculo para que literalmente todo o país possa ser liberto!


15 curiosidades sobre Tiradentes

- Seu nome completo era Joaquim José da Silva Xavier. Nasceu no ano de 1746, na Fazenda do Pombal, distrito de São João del Rey, em Minas Gerais. Porém, não há registro da data de seu nascimento, apenas do seu batismo, em novembro daquele mesmo ano.
- Ao contrário do que seu apelido insinua, Tiradentes não suportava arrancar dentes. Ele era muito mais a favor de preservar os dentes do que arrancá-los. Porém, quando arrancar era irremediável, ele colocava coroas artificiais, feitas de marfim e de osso de boi, que ele mesmo fabricava.
- Aos 40 anos, se apaixonou por Ana, uma menina de 15 anos, mas ela já estava prometida a outro homem. Tiradentes nunca se casou, mas teve 2 filhos – João, com Eugênia Joaquina da Silva, e Joaquina, com a viúva Antônia Maria do Espírito Santo.
- Tiradentes tentou várias profissões: dentista, tropeiro, minerador e engenheiro. Entrou, então, para a Sexta Companhia de Dragões de Minas Gerais, como alferes, uma espécie de segundo-tenente.
- Tiradentes está diretamente ligado ao movimento que ficou conhecido como “Inconfidência Mineira”. Os historiadores preferem “Conjuração Mineira” já que o que aconteceu em Minas Gerais foi um ato organizado para conquistar a independência do país e não um ato de deslealdade, traição ou infidelidade, que servem para traduzir a palavra inconfidência.
- Segundo relatos da época, Tiradentes era alto, magro e muito feio. Ele nunca usou barba e cabelos longos. Como militar, o máximo que se permitia era um discreto bigode. Ele foi enforcado no Rio de Janeiro, com a barba feita e o cabelo raspado, no dia 21 de abril de 1792.
- “Pois seja feita a vontade de Deus. Mil vidas eu tivesse, mil vidas eu daria pela libertação da minha pátria”, teria dito Tiradentes ao ouvir serenamente a sua sentença de morte.
- Após o enforcamento, seu corpo foi esquartejado. As 4 partes foram postas em alforjes com salmoura, para serem exibidas no caminho entre Rio de Janeiro e Minas Gerais. A casa de Tiradentes em Vila Rica foi demolida, e o chão, salgado, para que nada brotasse naquele solo.
- A cabeça de Tiradentes foi levada do Rio de Janeiro para Vila Rica, em Minas Gerais e ficou exposta num poste em praça pública. Na terceira noite, foi roubada e nunca mais foi encontrada.
- Foi no Rio de Janeiro que Tiradentes entrou em contato com as idéias revolucionárias iluministas. O que poucos sabem, é que ele também se dedicou a projetos de melhoria urbana do Rio. Idealizou abastecimento regular da cidade, construção de moinhos, trapiches, armazéns, além de serviços de barcas de transporte de passageiros.
- Ironicamente, 30 anos depois de ter projetado essas melhorias, Dom João VI mandou fazer a canalização do rio, seguindo os planos de Tiradentes. Em 1889, exatamente 100 anos depois, o engenheiro André Paulo de Frontin canalizou as águas da Serra do Tinguá, dentro dos mesmos moldes arquitetados pelo inconfidente.
- Tiradentes não foi considerado um herói tão logo morreu e só passou a ser cultuado 98 anos após a sua morte. Como defendia idéias iluministas republicanas e antimonarquistas, durante o período imperial brasileiro, seu nome quase não era citado.
- Em 1870, o movimento republicano o elegeu como mártir cívico-religioso e antimonarquista. A data de sua morte tornou-se feriado nacional em 1890. A primeira pintura oficial também data deste ano, de autoria de Décio Villares, que apresenta Tiradentes como Cristo, com barbas e cabelos longos.
- Tiradentes teve também exaltada sua imagem de militar patriota, quando nomeado patrono da nação pelo governo militar, em 1965, enquanto os movimentos de esquerda não deixaram de recorrer a ele como símbolo de rebeldia.
- Tiradentes é o único brasileiro cuja data de morte se comemora com um feriado nacional. É também o mais citado no Google, com mais de 2 milhões de páginas de referência no buscador.


Formação das Cidades do Ouro

Em fins do século XVII, bandeirantes paulistas atravessaram a serra do Mar e deram inicio ao processo de colonizacao do interior de Minas, com a descoberta do ouro.


A história de Minas Gerais está intimamente ligada à descoberta do Ouro, tendo sido esta o ponto de partida para aquela. Em fins do século XVII, bandeirantes paulistas atravessaram a serra do Mar e se embrenharam por estas matas – então habitadas por selvagens – desbravando florestas, capturando índios e buscando tesouros ignorados. E aconteceu que encontraram ouro no leito dos rios e na encosta dos morros. Não se sabe ao certo quem foi o primeiro descobridor. Entre os bandeirantes destacam-se: Espinosa, Bartolomeu Bueno de Siqueira, Garcia Paes, Braz Cubas, Fernandes Tourinho, Lourenço Jaques e Fernão Dias Paes. Deles nada se soube. Nos fins do Século XVII, o fato se tornou público. Outros bandeirantes chegaram e, em torno do ouro descoberto aqui, ali e adiante foram se formando os primeiros arraiais do futuro estado de Minas Gerais. Estes por sua vez, progrediram e se transformaram em vilas, passando depois a cidades como Ouro Preto, Sabará, Diamantina, Serro, Mariana, São João del Rei, Tiradentes e outras.
Inicialmente a região era conhecida como Campos de Cataguá (1522); depois Território de Minas (1570); País de Minas (1603); Capitania de São Paulo e Minas de Ouro (1709); Capitania de Minas Gerais (1720); Província de Minas (1824) e, finalmente, Estado de Minas Gerais (1891). 
 

Informações sobre : A Lei Áurea e a abolição da escravatura

Foi só em 1888 que a abolição da escravatura se concretizou, com a promulgação da Lei Áurea. O projeto da lei foi apresentado primeiramente para a Câmara e logo depois chegou ao Senado, para sanção da princesa regente.

 A  Princesa Isabel que era a regente no Brasil na época foi a responsável por assinar a lei, isso, tempo depois da aprovação de algumas leis também de caráter abolicionista e de muitas campanhas realizadas por liberais.
Porém, quando os escravos finalmente conseguiram se libertar de vez do vínculo com seu patrão, muitas vezes não tinham pra onde ir, nem onde arrumar mprego, pois o preconceito por parte dos brancos permanecia sendo algo intensamente praticado na sociedade.


População

Nossa população, ao redor do final do século XVII, é estimada em uns 300 mil povoadores (calcula-se que ha ainda 1.500.000 de índios), grande parte deles concentrados no Nordeste. Outro pequeno núcleo populacional encontra-se no Planalto de Piratininga, na atual São Paulo, formado pelos bandeirantes. Tipos mamelucos que se dedicavam a prear índios pelo sertão afora, indo inclusive atacar as missões guaranis, organizadas pelos jesuítas desde os séculos 16 e 17, no Paraguai e no atual Estado do Rio Grande do Sul.

Foi nesse quadro, de limitado progresso econômico (os portugueses começavam a enfrentar a concorrência da produção colonial dos holandeses, franceses e ingleses, que implantaram engenhos açucareiros nas Antilhas ), que a Coroa determinou a pressionar seus funcionários e demais habitantes no sentido de estimula-los, particularmente os paulistas, a que desbravassem o sertão em busca do precioso ouro.

Entrevista com Inácio Correia Pamplona

Inácio Correia Qual foi sua participação na inconfidência Mineira ?


Delatei Tiradentes,e seus companheiros a respeito das suas pretençoes de independencia de Portugal .


Como ficou conhecido o Processo aberto contra os inconfidentes ?

Foi aberto em 1789 , mais conhecido como devassa ,foi baseado nas denúncias de Joaquim Silvério dos Reis, Basílio de Brito, Malheiro do Lago, Inácio Correia Pamplona, tenente-coronel Francisco de Paula Freire de Andrade, Francisco Antônio de Oliveira Lopes, Domingos de Abreu Vieira e de Domingos Vidal de Barbosa Laje.


Como foi sua vida antes dos 30 anos ?

Eu fui  comerciante no Rio de Janeiro , e abastecia Vila Rica , e São João Del Rei , com diversas mercadorias .  


Como Foi sua vida Durante as grandes Expedições ?


Minha Vida foi pautada Durante as grandes Expedições no combate aos indios ,pelas batidas aos quilombos que se localizavam no Oeste de Minas Gerais e pelo controle quase que absoluto que detinha na região em função de possuir muitas terras e poderes conferidos pelos próprios Governadores.

Em 1764 o governador Luis Diogo Lobo da Silva  precisando aumentar o número dos contribuintes e das riquezas empreendeu uma expedição por várias partes de Minas Gerais com o objetivo de conhecê-la para melhor fiscalizá-las, e Voce foi convidado para auxiliá-lo no sentido de povoar e transformar os sertões de Minas em áreas produtivas . Qual foi o Objetivo desta expedição ?


Também era esvaziar as vilas das pessoas consideradas como vadias e sem trabalho.
“...As vilas e arraiais regurgitavam então de gente sem trabalho, ansiosas, aliás, por se colocar em novos distritos, onde melhorasse de sorte, e neste caso o primeiro passo a dar-se era criar lugares garantidos pela ordem e fortalecidos pela autoridade pública, livres de perturbações, tanto internas entre os moradores, como externas provenientes de malfeitores..." 


Correia Pamplona , Gostaria de saber um pouco mais de Sua vida , conte- nos .

Nasci em 1731 , na Ilha Terceira, no Bispado de Angra. Sou  filho legítimo de Manoel Correia de Melo e Francisca Xavier de Pamplona. Casei com Eugênia Luisa da Silva, mulata e filha de uma negra forra da nação Mina e de pai desconhecido. Com ela tive  seis filhos: Simplícia, Rosa, Teodora, Inácia, Bernardina e Inácio Correia de Pamplona Corte Real, que se tornou padre.

A busca pelos brilhos preciosos

Na passagem do século XVII para o XVIII, são descobertas ricas jazidas de ouro no centro-sul do Brasil. A Coroa portuguesa está voltando toda sua  atenção para as terras brasileiras. A região das minas espalha-se  Estados de Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso e torna-se pólo de atração de migrantes.









Já a  exploração de diamantes toma corpo por volta de 1729, nas vilas de Diamantina e Serra do Frio, no norte de Minas Gerais. A produção  já atinge grandes volumes e chega a causar pânico no mercado joalheiro europeu, provocando a queda nos preços das pedras. Em 1734 foi instituída uma intendência para administrar as lavras. A extração passa a ser controlada por medidas severas que incluem confisco, proibição da entrada de forasteiros e expulsão de escravos.

A Carta de Alforria

A partir do século XVIII, o chamado século do ouro, os escravos conseguiram uma possibilidade de ter sua liberdade, isso era feito muitas vezes através da compra da chamada Carta de Alforria. Para isso, normalmente deveriam juntar muitos trocados durante sua vida até conseguir pagar a carta e tornarem-se livres.
A carta de alforria consistia num documento que o proprietário de terra concedia ao seu escravo depois de receber certa quantia por ele. É uma espécie de atestado de liberdade do escravo, onde o patrão  abri mão da posse do escravo. Existe Tambem  as cartas gratuitas, mas estas abdicam a posse do escravo em troca de ele ser agora um trabalhador do seu senhor, dessa vez assalariado e com horários pré-definidos.

terça-feira, 18 de junho de 2013

Importante lembrar...

O Ciclo do Ouro trouxe consigo também  significativas mudanças de caráter socioeconômico. o Brasil passou por uma fase de desenvolvimento, com a construção de escolas, teatros, igrejas e diversas obras de infraestrutura.
Entrevista com Felipe dos Santos






Conte um pouco da sua história:

Sou um líder revolucionário colonial brasileiro nasci em Portugal, e morei  em Vila Rica por muito tempo.

Por que você entrou na revolta de Vila Rica?

Pela insatisfação popular que era muito grande nas regiões auríferas em função dos impostos, punições e da fiscalização portuguesa. Além do povo, comerciantes e proprietários de minas de ouro, que pagavam taxas e impostos, também estavam insatisfeitos com tudo que ocorria na colônia.

Como ocorreu a revolta?

A revolta durou quase um mês. Os revoltosos pegaram  armas e chegaram a ocupar Vila Rica. Diante da situação tensa, o governador da região, Conde de Assumar, chamou os revoltosos para negociar, solicitando que abandonassem as armas. Após acalmar e fazer promessas aos revoltosos, o conde ordenou às tropas para que invadissem a vila. Os líderes foram presos e suas casas incendiadas.Eu Felipe dos Santos, considerado líder, fui julgado e condenado à morte por enforcamento.

Quais foram as consequências da revolta?

Após a revolta, a coroa portuguesa aumentou ainda mais a fiscalização na região das minas, visando combater a evasão fiscal e o contrabando de ouro. Para aumentar o controle sobre a região, foi criada a capitania de Minas Gerais

segunda-feira, 17 de junho de 2013

O funcionamento das casas de fundição

 As separações nas Casas de Fundição, que cobravam impostos altíssimos de quem extraísse o ouro,  eram da seguinte forma:


  • O quinto – 20% de toda a produção do ouro deveria ir para o rei de Portugal;
  • A derrama – A colônia tinha a obrigação de arrecadar 1.500kg de ouro por ano;
  • A capitação – Era cobrado imposto sobre cada escravo que trabalhava nas minas.

                                                      
                         
                                

Conjuração Baiana

A Conjuração Baiana, também chamada de Revolta dos Alfaiates, ocorreu em 1798, em Salvador. Da mesma forma que a Conjuração Mineira, também foi um movimento separatista e desejava a proclamação da República. Porém, ao contrário daquela, esta teve maior participação popular e defendia o fim da escravidão.
Dentre as causas principais, podemos destacar a mudança da capital da colônia de Salvador para o Rio de Janeiro, os altos impostos, a concentração de terras e as imposições de Portugal.
Além disso, o movimento foi influenciado pela Independência dos Estados Unidos, do Haiti e pela Revolução Francesa. As ideias iluministas de liberdade, igualdade e fraternidade estimulavam os conjuradores.
A conjuração contou com a participação de sapateiros, alfaiates, bordadores, ex-escravos e escravos. No fim, o movimento foi sufocado por Portugal e os principais líderes foram, presos, degredados ou condenados à morte.

                                        

Revolta de Felipe dos Santos

A Revolta de Felipe dos Santos, também conhecida como Revolta de Vila Rica, ocorreu em 1720, em Vila Rica.
Dentre as causas da revolta, podemos destacar a insatisfação do povo - além de comerciantes e proprietários - com a rígida fiscalização portuguesa, os altos impostos e as punições.
O principal líder da revolta foi Felipe dos Santos Freire, que era um rico fazendeiro e tropeiro. Ele defendia o fim das Casas de Fundição e a diminuição da fiscalização da Metrópole. Suas ideias atraíram a atenção de boa parte da população, que pegou em armas e chegou a ocupar Vila Rica. A revolta durou quase um mês. Diante da situação tensa, o governador da região, Conde de Assumar, chamou os revoltosos para negociar, solicitando que abandonassem as armas.
Após acalmar e fazer promessas aos revoltosos,o conde ordenou às tropas para que invadissem a vila. Os líderes foram presos e suas casas incendiadas. Felipe dos Santos foi julgado e condenado à morte por enforcamento.

                              

Mais impostos e mais revoltas


Como vimos anteriormente, a coroa portuguesa lucrava muito com a cobrança de taxas e impostos. Estas cobranças excessivas, as punições e a forte fiscalização da coroa portuguesa provocaram reações na população. Várias revoltas ocorreram neste período. Como a Guerra dos Emboabas, a Revolta de Felipe dos Santos, a Inconfidência Mineira e a Conjuração Baiana.

Fiscalização

Portugal exerceu sobre a exploração do ouro controle maior do que aquele exercido no açúcar. Um dos motivos é o fato de que, no decorrer do século XVIII, a economia portuguesa estava muito dependente da economia inglesa.
Assim, para recuperar sua economia, Portugal criou vários mecanismos de controle e fiscalização, como a Intendência de Minas e as Casas de Fundição.
A Intendência de Minas foi um órgão criado em 1702. Controlado pelo rei, a intendência tinha a função de distribuir terras para exploração do ouro, fiscalizar e cobrar impostos.
As Casas de Fundição, por sua vez, eram locais em que todo o ouro encontrado nas minas era transformado em barras para facilitar a cobrança de impostos.
Dentre os principais impostos cobrados sobre a exploração do ouro, podemos destacar o quinto, a capitação e a derrama.

O esgotamento

Haviam duas formas principais de exploração do ouro na região das minas: a lavra e a faiscação.
A lavra era o tipo mais frequente. Consiste na extração em grandes jazidas, utilizando mão-de-obra de escravos africanos.
Por sua vez, a faiscação  também conhecida como faisqueira era a extração representada pelo trabalho do próprio garimpeiro, raramente auxiliado por ajudantes.
Na segunda metade do século XVIII, a mineração entrou em decadência com o esgotamento das jazidas.

                            

 Cultura Barroca
O Barroco como estilo artístico desenvolveu-se especialmente entre o final do século XVI e o século XVII. Surgiu na Itália, difundiu-se por toda Europa e América Latina, sendo que nesta última região o estilo vigorou por mais tempo, até o início do século XIX. Em um mesmo período histórico poderiam coexistir estilos artísticos diferentes, de modo que o barroco conviveu com outros estilos, como o maneirismo e o rococó.
O termo barroco era utilizado por joalheiros para designar uma pérola irregular, imperfeita, sendo aplicado posteriormente para classificar uma arte que foi considerada extravagante e disforme. As antigas visões sobre o Barroco tendiam a esclarecer muito pouco, assim como exprimiam o desprezo por qualquer estilo de arte supostamente distante dos padrões clássicos de representação, isto é, que não reproduziam os padrões artísticos da Antigüidade greco-romana, consolidados no Renascimento artístico dos séculos XV-XVI e retomados no século XVIII pelo movimento chamado neoclássico.
Na pintura barroca européia, sobressai a obra de Caravaggio (1571-1610), Pietro da Cortona (1596-1669), Andrea Pozzo (1642-1709), Peter Paul Rubens (1577-1640), Diego Velázquez (1599-1660), Rembrandt van Rijn (1606-1669), Van Dyck (1599-1641),Bartolomé Esteban Murillo(1618-1682), Francisco Zurbarán (1598-1664).  Na arquitetura, Gian Lorenzo Bernini (1598-1680) e Francesco Borromini (1599-1667), sendo que o primeiro é também reconhecido por suas esculturas.
As formas da arte barroca proporcionariam a impressão de um alçar vôo, de indicar fortes emoções, dores, impressões favorecidas pela adoção de acentuado contraste de luz e sombra (chiaroscuro). Na arte barroca identificaríamos o recurso a complexos geométricos nas abóbadas dos templos produzindo impactos visuais, sugerindo a idéia de uma dimensão infinita como na Igreja de São Lourenço de Turim. A pintura emtrompe l’oeil (ilusão de ótica) baseada na perspectiva, com cenas amplas e movimentadas, proporcionam a impressão de sequer existirem as paredes, como na Glorificação de Santo Inácio de Andrea Pozzo, com revoadas de santos e anjos, roupas sacudidas pelo vento e sensação de movimentos rápidos.
 Mâle não abordou o tema a partir de classificações estilísticas, como arte maneirista ou barroca, mas analisou quais temas passaram a ser mais representados nesse período, relacionando arte e a Contra-Reforma (ou Reforma Católica). A arte católica desse período, incluindo a arte barroca, não economizou na exuberância de detalhes, na profusão de cores, no uso de mármores e de metais preciosos, defendendo visualmente seus dogmas e sacramentos contestados pelos protestantes.
Porém, o Barroco não deve ser tratado simplesmente como a arte da Contra-Reforma ou Reforma Católica, uma vez que significaria negligenciar toda a produção artística barroca elaborada por protestantes, como Rembrandt.  Maravall propõe tratar o Barroco em um sentido mais amplo, sem concebê-lo meramente como um estilo artístico: Barroco seria a  cultura de uma época, marcando sua relação com o político, a sociedade e a religiosidade do período em que vigorou. Para o autor, o Barroco só existiu em uma época específica (entre o final do século XVI e a metade do século XVII) e em uma região específica (Europa e América). A cultura de uma época barroca desenvolveu-se também nos espaços coloniais outrora controlados por Espanha e Portugal, caso da América Latina, onde repercutiram as condições culturais européias desse tempo.
No Brasil, o Barroco teve seu apogeu no século XVIII, mantendo-se até o século seguinte, sucumbindo em parte devido às novas orientações trazidas pela Missão Artística Francesa. A arte barroca desenvolveu-se especialmente na Bahia, Rio de Janeiro, Pernambuco e Minas Gerais, destacando-se a suntuosidade decorativa do interior das igrejas, a talha dos altares, o revestimento em ouro. Os estudos sobre o barroco no Brasil foram impulsionados nos anos 1920 pelo Modernismo e estiveram associados à valorização e resgate da cultura nacional.
As primeiras construções do Brasil colonial, quinhentistas, revelaram traços maneiristas, caso dos edifícios para o governo de Salvador projetados por Francisco Dias e Luís Dias, sendo que o primeiro elaborou o projeto do colégio jesuítico do Rio de Janeiro, demolido por ocasião do desmonte do Morro do Castelo, em 1922. Já Francisco Frias de Mesquita encarregou-se do Forte dos Reis Magos em Natal e do projeto inicial do Mosteiro de São Bento do Rio de Janeiro, em 1617. Grande parte das igrejas do Nordeste brasileiro foi destruída durante a guerra contra os holandeses, caso do convento franciscano de Nossa Senhora das Neves de autoria de Frei Francisco dos Santos, que foi reconstruído em 1650.
Nos séculos XVII e XVIII, predominaram as igrejas de aspecto monumental e de talha bastante elaborada no interior, como a Sé de Salvador ou a igreja de Santo Alexandre (Belém), dotada de frontão curvilíneo. Na confecção de esculturas, ressaltam-se os nomes dos beneditinos Frei Agostinho da Piedade, Frei Agostinho de Jesus e Frei Domingos da Conceição da Silva. Cabe destacar, que as irmandades e ordens terceiras alimentaram a produção artística em Minas Gerais, marcada por traços do barroco e do rococó.
Dentre os artistas coloniais mais conhecidos figuram Antônio Francisco Lisboa (o Aleijadinho) e Manoel da Costa Ataíde, além dos pintores Caetano da Costa Coelho (RJ) e José Joaquim da Rocha (BA), do pintor e arquiteto Frei Jesuíno do Monte Carmelo (SP), do pintor João de Deus Sepúlveda (PE) e do escultor, entalhador e arquiteto Mestre Valentim (RJ).
Aleijadinho foi responsável pelo projeto e decoração escultórica de igrejas das Ordens Terceiras do Carmo e São Francisco de Assis nas cidades de Ouro Preto, São João del Rei, Sabará e Congonhas do Campo.  Em 1794 foi solicitada autorização ao bispo de Mariana para serem construídas duas séries de capelas, representando os Passos da Paixão e da Ressurreição para o santuário fundado em Congonhas, no ano de 1757, para culto do Bom Jesus de Matosinhos. Apenas a primeira série foi realizada, contratando-se Aleijadinho e seus assistentes, que entregam 66 estátuas entre 1796 a 1799, as quais foram distribuídas em seis capelas dedicadas aos episódios bíblicos da Ceia, do Monte das Oliveiras, da prisão, flagelação e coroação com espinhos, de Cristo carregando a Cruz e a crucificação. Em 1798, Manuel da Costa Ataíde e Francisco Xavier Carneiro foram contratados para aplicar policromia às esculturas.  O objetivo da construção era proporcionar ao devoto a visualização dos Passos da Paixão e oferecer uma reconstituição dos lugares sagrados da Terra Santa.
No Rio de Janeiro, o Barroco encontrou expressão no conjunto monástico de São Bento (1617), na Igreja da Glória do Outeiro (1758), na igreja do Convento de Santo Antônio (1720c.), na Igreja da Ordem Terceira de São Francisco da Penitência (1653-1773), na Igreja São Pedro dos Clérigos (demolida para construção da Avenida Presidente Vargas na década de 1940). As igrejas passaram por transformações através de obras realizadas e, às vezes, apresentam estilos diferentes na fachada, na talha e em capelas, convivendo barroco e rococó.
As dificuldades em realizar enquadramentos cronológicos e estilísticos, demonstra que a utilização da expressão “barroco” é adequada apenas enquanto orientadora de pesquisas. Porém, o esforço em estabelecer classificações estilísticas precisas (enquadrando a produção artística brasileira do século XVIII em barroco nacional português, barroco joanino ou rococó, ou considerando este último estilo com caráter próprio e não um simples desdobramento do barroco), não deve obliterar a contemplação da arte em si e o reconhecimento da sua qualidade estética, do seu significado e da sua função. As controvérsias nas classificações estilísticas e mesma na atribuição de autorias (dada a dificuldade de encontrar documentos comprobatórios e a tendência a atribuir autoria aos nomes já conhecidos), contudo, não permitem embotar a notoriedade e o prestígio obtido internacionalmente pela arte conhecida como Barroco Brasileiro.
                                    
                                         Aleijadinho

A escola da cultura


O desenvolvimento da vida urbana trouxe também mudanças culturais e intelectuais na colônia, destacando-se a chamada escola mineira, geralmente ligada ao Barroco.
São expoentes as obras esculturais e arquitetônicas de Antônio Francisco Lisboa, o "Aleijadinho", em Minas Gerais e do Mestre Valentim, no Rio de Janeiro.
Na música, destacou-se o estilo sacro do mineiro José Mesquita, além da música popular representada pela modinha e pela cantiga de ninar de origem lusitana e pelo lundu de origem africana. Na literatura, se destacaram grandes poetas, como Cláudio Manoel da Costa, Tomás Antônio Gonzaga, entre outros.

Sociedade brasileira

O ciclo econômico da mineração dinamizou a sociedade brasileira. Diferente do ciclo do açúcar, a riqueza proveniente do ouro não ficou concentrada nas mãos de um único grupo social.




Os escravos também ganharam importância, e muitos deles conquistaram junto a seus senhores o direito à liberdade devido ao êxito das minerações. Eram denominados negros alforriados ou forros. Outros compravam sua liberdade.
Um outro grupo que se destacou foram os tropeiros, que faziam comércio de alimentos e mercadorias. Muitos faziam o transporte da carga entre Rio Grande do Sul e São Paulo, seguindo depois para Minas Gerais.

Antecedentes

Ciclo do Ouro foi o momento em que, no século XVIII, a extração do ouro foi a principal atividade econômica brasileira
No final do século XVII, as exportações de açúcar brasileiro começaram a diminuir. Com preços mais baixos e boa qualidade, a Europa passou a dar preferência para o açúcar holandês. Esta crise no mercado brasileiro colocou Portugal numa situação de buscar novas fontes de renda.
Foi neste contexto que os bandeirantes começaram a encontrar minas de ouro em Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso. No século XVII, o bandeirante Fernão Dias saiu de São Paulo com seus seguidores em busca de prata e esmeraldas em Sabará.
Porém, foi só no fim do século XVII que revelou-se em Minas Gerais a ocorrência de ouro. Os diamantes, por sua vez, foram descobertos na segunda década do século XVIII.? O primeiro ouro encontrado era chamado “ouro de aluvião”, ou seja, o ouro que se encontra nos vales dos rios. Foi achado no vale do rio Doce e do rio das Mortes. Isso desencadeou uma verdadeira corrida para a região de Minas Gerais.

                           
                                                               Ouro de aluvião

domingo, 16 de junho de 2013














A luta por um único objetivo: A inconfidência Mineira

Os inconfidentes  marcaram o dia do movimento para uma data em que a derrama seria executada. Desta forma, poderiam contar com o apoio de parte da população que estaria revoltada. Porém, um dos inconfidentes, Joaquim Silvério dos Reis, delatou o movimento para as autoridades portuguesas, em troca do perdão de suas dívidas com a coroa. Todos os inconfidentes foram presos, enviados para a capital (Rio de Janeiro) e acusados pelo crime de infidelidade ao rei. Alguns inconfidentes ganharam como punição o degredo para a África e outros uma pena de prisão. Porém, Tiradentes, após assumir a liderança do movimento, foi condenado a forca em praça pública. Embora fracassada, podemos considerar a Inconfidência Mineira como um exemplo valoroso da luta dos brasileiros pela independência, pela liberdade e contra um governo que tratava sua colônia com violência, autoritarismo, ganância e falta de respeito.




Os Inconfidentes

O grupo, liderado pelo alferes Joaquim José da Silva Xavier, conhecido por Tiradentes era formado pelos poetas Tomas Antonio Gonzaga e Cláudio Manuel da Costa, o dono de mina Inácio de Alvarenga, o padre Rolim, entre outros representantes da elite mineira. A ideia do grupo é de conquistar a liberdade definitiva e implantar o sistema de governo republicano em nosso país. Sobre a questão da escravidão, o grupo não possuí uma posição definida. Estes inconfidentes chegaram a definir até mesmo uma nova bandeira para o Brasil. Ela seria composta por um triangulo vermelho num fundo branco, com a inscrição em latim: Libertas Quae Sera Tamen (Liberdade ainda que Tardia).